JUST IN TIME X JUST IN CASE PARA GESTÃO DE ESTOQUES

Escolher entre o Just in Time e o Just in Case pode ser difícil. Conhecer as características dos dois métodos...

por: Fábio Hoinaski

Escolher entre o Just in Time e o Just in Case pode ser difícil. Conhecer as características dos dois métodos e do seu negócio ajudará a definir o que é melhor

A sua empresa possui ativos. Parte deles está armazenada no estoque, representando dinheiro investido e que está parado.

É por isso que esse elemento precisa ser bem administrado.

Como fazer isso? Existem 2 métodos que podem ser adotados: o Just in Time e o Just in Case.

Essas duas metodologias podem ser adotadas, mas elas são radicalmente opostas.

Enquanto uma foca em manter um estoque reduzido, a outra segue a regra de que se deve manter o máximo de produtos armazenados possível.

Na prática, as empresas usam ambas as técnicas. Tudo depende do momento e da situação em que sua aplicação é exigida.

Como reconhecer as características de cada método? É o que vamos ver a seguir.

No post de hoje vamos mostrar as duas principais ferramentas da gestão de estoques e indicar o que cada uma delas representa.

Então, que tal entender melhor as especificidades delas? Confira!

Just in time (JIT)

Essa metodologia prevê que a empresa trabalhe com o estoque mínimo.

O nível mais baixo de mercadorias ajuda a reduzir custos e possibilita trabalhar melhor a demanda, fatores que fizeram essa técnica se tornar mais conhecida e amplamente adotada.

Para ser efetivo, o JIT depende diretamente de uma previsão de vendas eficiente. Isso porque os produtos somente são produzidos quando há a necessidade.

É importante destacar que isso deve ser feito em tempo hábil para que o pedido seja atendido.

O objetivo fundamental é evitar situações nas quais o estoque excede a demanda.

Assim evita-se despender esforços para controlar o estoque e dar giro às mercadorias.

O ponto negativo que também é o principal cuidado que se deve ter são as incertezas inerentes ao negócio.

Por exemplo: se sua empresa depende de um fornecedor pode ser que ele falhe devido a problemas meteorológicos, de transporte, entre outros.

Se isso acontecer, o seu estoque ficará vazio, o que pode incorrer até mesmo em perda de vendas.

Outra situação prejudicial é nos casos em que houver pedidos urgentes.

Isso pode gerar diversos imprevistos, como o não atendimento dos clientes e uma má avaliação do negócio.

Just in Case (JIC)

Esse método é aquele que acredita que é melhor sobrar do que faltar.

É muito utilizado por empresas que não têm dados de históricos de vendas e, por isso, não conseguem fazer a previsão da demanda.

Porém, é importante fazer essa projeção para evitar que os produtos fiquem obsoletos e tenham que ser descartados porque a validade expirou, por exemplo.

A finalidade dessa técnica é manter o nível de estoque sempre alto e garantir que todos os pedidos sejam atendidos.

Os pontos positivos são a prevenção contra fatores negativos, como mau tempo, pedidos inesperados e urgentes, preço do combustível (que pode ocasionar o aumento do valor da mercadoria), problemas com o transporte, entre outros.

Outra vantagem é permitir que a empresa ofereça vários produtos a pronta entrega.

Ou seja, o negócio está sempre preparado para vender e não se corre o risco de, de forma indireta, encaminhar o cliente à concorrência.

Just in Time x Just in Case: o que é melhor?

Como você pôde perceber, cada um dos métodos tem suas vantagens e desvantagens.

Isso leva à pergunta: qual deles é melhor? Confira os pontos positivos e negativos de cada metodologia.

Vantagens do Just in Time

  • Não oferece o risco de obsolescência porque o giro de mercadorias é maior.
  • A empresa pode se adequar facilmente às exigências do mercado e mudar conforme o comportamento do consumidor. Isso pode ser feito porque a produção é reduzida.
  • Os custos com a manutenção de um espaço físico para o estoque são menores.
  • Os erros de produção que ocorrem podem ser observados e corrigidos com rapidez.

Desvantagens do Just in Time

  • A não entrega do fornecedor em tempo hábil ou problemas na remessa podem gerar sérios prejuízos para a produção.
  • Os pedidos em massa ou urgentes nem sempre serão atendidos devido à falta de capacidade da empresa.
  • A empresa precisa se planejar melhor, tendo amplo conhecimento sobre seu ciclo de vendas e os produtos que são mais solicitados pelos clientes.

Vantagens do Just in Case

  • A empresa pode oferecer descontos por lote porque pode trabalhar com grande quantidade.
  • Os produtos em estoque podem ser colocados à mostra e, com isso, têm maiores chances de venda.
  • A empresa se resguarda em caso de problemas com o fornecedor. Ou seja, ela tem produtos suficientes para atender os pedidos por mais algum tempo.
  • As demandas são atendidas de maneira rápida, o que aumenta a satisfação do consumidor com relação ao prazo de entrega.

Desvantagens do Just in Case

  • A organização precisa investir um valor mais alto para manter os produtos em estoque.
  • As mercadorias podem sofrer danos ou terem seu prazo de validade vencido enquanto estão armazenadas em estoque.
  • O espaço reservado para o estoque poderia ter outra finalidade.

Como você pode perceber, fazer a escolha depende do negócio que você administra.

Pense o quanto confia em seus fornecedores, se os itens produzidos no mercado estão bem consolidados e se você consegue estimar a demanda e analisar o ciclo de vendas.

Essas análises ajudarão a definir a melhor metodologia para o seu caso.

Se você quiser ler um material complementar para subsidiar a sua decisão, verifique o post Estoque de segurança: a importância na gestão de compras.

© 2024 - Ibid - Densenvolvido por
Converte