BIG DATA E O FUTURO DO SETOR DE COMPRAS
As empresas precisam cada vez mais de informações e dados para tomar decisões acertadas e estratégicas. Essa revolução é proporcionada...
As empresas precisam cada vez mais de informações e dados para tomar decisões acertadas e estratégicas. Essa revolução é proporcionada principalmente pelo Big Data, ferramenta que facilita a coleta de um grande volume de dados, que podem ser estruturados ou não estruturados.
Essa questão impacta diretamente o setor de Compras. Afinal, há mais dados sobre gastos, fornecedores e processos. Esses elementos fazem com que a equipe da área consiga analisar informações de maneira mais ampla, efetiva e visível.
Porém, quais são as reais transformações dessa ferramenta para o setor de Compras? Veja, a seguir, neste post. Vamos lá?
O cenário do setor de Compras com o Big Data
Essa ferramenta que facilita a coleta e até mesmo a análise de dados modifica o contexto atual da área de Compras. O conhecimento obtido permite que os gestores tomem decisões com mais credibilidade e sejam capazes de implementar atividades diferenciadas, que vêm ao encontro das necessidades atuais.
As discussões, por exemplo, passam a ser embasadas por inteligência conquistada praticamente em tempo real, medida que impacta especialmente os problemas críticos do negócio.
No entanto, esse cenário também auxilia os Chief Officer Procurement (CPOs) a agregarem valor operacional e a terem um papel mais relevante na formatação e evolução da estratégia empresarial.
Porém, essa mudança que segue a análise dirigida pelos dados também modifica as funções e cargos existentes.
Como se preparar para o futuro
Os gestores de Compras precisam ter certeza de que possuem os recursos humanos necessários para comparar, analisar e interpretar o grande volume de informações disponível. Lembre-se também de que os dados podem estar estruturados ou não — situação que dificulta a avaliação.
Nesse cenário existem algumas discussões sobre a possibilidade de contratar profissionais juniores, o que poderia diminuir as operações offshore. Porém, isso não significa que o Big Data interromperá a completamente a entrada para as Compras, mas sim que a rotina para a liderança deve ser modificada.
Na prática, o que ocorre é que os papéis mudam constantemente — e isso não quer dizer que sejam reduzidos. Afinal, a demanda por competências básicas sempre existirá. Nesse contexto as equipes de Compras aumentam a sua procura por candidatos com capacidade de análise e comerciais.
O ideal é que esses profissionais atuam como facilitadores de negócios. É assim que a empresa ganha mais credibilidade e responsabilidade no gerenciamento de riscos.
O resultado dessa situação é uma modificação muito visível e dinâmica das equipes de Compras tradicionais, o que leva à necessidade de cruzar as informações de outras disciplinas. Ultrapassa-se, portanto, a ideia de adotar apenas as funções sobrepostas, como a de Vendas.
Dois especialistas que ajudam significativamente a área de Compras são os gerentes de projetos comerciais e os gestores de TI. Os primeiros contribuem por terem muita experiência analítica, comercial e com o ato de lidar com diferentes culturas e setores de negócio.
Os segundos colaboram por fornecerem suporte às atividades e colocarem em prática o Big Data. É uma forma de agregar valor por meio da inovação na TI.
Em suma, tudo se resume a oportunidades — e isso começa com o Big Data. Esse é o período de mudanças, desenvolvimento e inovação. Em todos os casos, o gestor de Compras é responsável por analisar a informação e contratar talentos que atendam às expectativas.
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Perguntas Frequentes
Quais são as características da análise de dados com o Big Data?
- volume: quintilhões de bytes são gerados diariamente na Internet;
- complexidade: os dados são provenientes de diversas fontes;
- velocidade: o fluxo de dados deve ser capaz de atender às exigências dos equipamentos mais avançados;
- variedade e variabilidade: são gerados em variadas formas e podem apresentar inconsistências e picos sazonais;
- valor: permitem agregar valor às estratégias do negócio;
- adaptabilidade: para que os dados sejam usados de forma pertinente no momento oportuno.
Como é o processamento de dados?
Abrange o processo de coleta, organização e análise de dados:
Coleta
Os dados podem ser coletados em softwares integrados de gestão, arquivos de log ou de servidores, conteúdos compartilhados em redes sociais, feedback de consumidores, indicadores macroeconômicos, histórico e estatísticas de consumo e cliques em sites, por exemplo.
Armazenamento
Acontece em estruturas físicas legadas (servidor on premise) ou em cloud server e a sua categorização (estruturada, não estruturada ou semiestruturada) facilita sua organização e análise.
Modelagem e Análise
Nessa fase, as informações são interpretadas por meio de tecnologias como NoSQL e Hadoop, seguindo conceitos preestabelecidos por quem compete a informação.
Que aplicações o Big Data pode ter em decisões de empresas ou do poder público?
São muitas as possibilidades importantes de uso do Big Data. Em políticas públicas, pode ampliar a transparência das informações sobre políticos, pessoas que ocupam cargos públicos e comissionados, e cruzá-las com denúncias de corrupção ou processos judiciais.
No âmbito organizacional, é possível estudar melhor as bases de clientes, formas de vendas, atendimento e preferências de consumo para oferecer produtos, serviços e soluções mais condizentes com a expectativa e realidade dos clientes da empresa, aumentando, assim, a probabilidade de venda.
Como identificar quais são os dados valiosos que trafegam pela empresa?
Nem todos os dados são relevantes e, por isso, é preciso estabelecer indicadores chave de desempenho (KPIs – Key Performance Indicator) e outras métricas específicas, mensuráveis, relevantes e temporais em relação aos objetivos preestabelecidos, para serem “alimentados” por esses dados.
Quais as novidades sobre Big Data no Brasil?
O Big Data tem sido aplicado à educação no setor público do Brasil, mas em pequena escala. Há iniciativas para a melhoria dos índices de alfabetização, aprimoramento da oferta de cursos de educação profissional e apuração de índices de evasão de alunos.
Além disso, tanto no setor público quanto no privado, são desenvolvidos softwares e aplicativos com base no conceito de Big Data para acompanhar ou melhorar os resultados.
Como auxiliar os gestores nas tomadas de decisão com as análises de Big Data?
Com relatórios adequados, gráficos, séries históricas e estatísticas sobre fatos ocorridos e projeções que apontam os dados usados e os resultados que poderiam ser alcançados com mudanças organizacionais ou a minimização de gargalos.
Para isso, ferramentas de Big Data devem acessar os dados internos e externos da empresa (softwares de gestão), além de notas fiscais eletrônicas, dados cadastrais de clientes ativos e inativos (para apurar taxas de churn), reclamações feitas no setor de atendimento e reação dos clientes a publicações em mídias sociais, por exemplo.
O Big Data é o novo “ouro” da humanidade e muitas empresas e organizações públicas estão numa corrida para se tornarem aptos a aproveitar todos os benefícios dessa nova forma de enxergar ações e projetar resultados.
Agora que você já resolveu alguns de seus questionamentos sobre Big Data, que tal compartilhar esse post em suas redes sociais e ajudar outras pessoas a se adaptarem?