O QUE É MRP E COMO FUNCIONA?

Introdução Segundo o IBGE, em média, 60% das empresas fecham após cinco anos de atuação. A maior fatia pertence às...

por: Fábio Hoinaski

Introdução

Segundo o IBGE, em média, 60% das empresas fecham após cinco anos de atuação. A maior fatia pertence às micro e pequenas empresas.

E um dos principais motivos é a falta de planejamento. Seja financeiro, de logística, contábil.

Ou seja, grande parte das empresas que fecham – ou decretam falência – poderia ser evitada com a ajuda de uma consultoria especializada, por exemplo.

Possuir o Planejamento das Necessidades de Materiais é tão fundamental quanto contratar funcionários e sistemas otimizadores e competentes. Afinal, um cálculo errado pode ser tão custoso quanto um profissional improdutivo.

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Neste artigo você vai entender o que é, exatamente, o MRP. Como ele surgiu e quais são os reais benefícios para a sua empresa.

Vamos lá?

Boa leitura!

O que é MRP

A sigla significa, em inglês, Material Requirement Planning. Ou Planejamento das Necessidades Materiais. Alguns profissionais também o chamam apenas de Planejamento de Materiais.

A equipe de Planejamento utiliza o MRP como forma de otimizar o processo de escolha e contabilização dos materiais necessários à produção.

Muitos empreendedores subestimam esta etapa e o prejuízo costuma ser exponencial.

Ele é, portanto, uma ferramenta – ou metodologia – que elenca quais materiais serão necessários para a cadeia de produção.

Essa metodologia também coopera no cálculo correto e em quais etapas cada material será alocado.

Quando Surgiu o MRP

O MRP surgiu por uma necessidade natural no planejamento das empresas. Quanto mais complexos se tornavam os produtos e a cadeia de produção mais trabalhoso – e passível de erros – era o planejamento.

Para antecipar os pedidos, e consequentemente a mensuração dos insumos, algumas técnicas foram sendo desenvolvidas. Tais como:

  • Sistema de solicitação trimestral;
  • CPM – Critical Path Method;
  • ERT – Program Evaluation and Review Technique;
  • PLC – Power Line Communication;
  • Dentre outros.

Até que no final da década de 50 e começo de 60, o avanço da tecnologia e a necessidade pela otimização do tempo – e minimização dos custos – possibilitaram o desenvolvimento de um novo sistema de controle de inventário e produção.

Com o tempo, a ferramenta se tornou mais complexa, surgiu então o MRP II (manufacturing resources planning). E por fim, o ERP, tal como conhecemos hoje.

Como Funciona MRP

O sistema do MRP funciona pela lógica do backward scheduling. Ou seja, o planejamento parte do produto pronto e volta em cada etapa para estipular prazos, materiais e quantidades de cada uma delas.

Mas como isso é feito?

Através do Software MRP, no qual a empresa fornece alguns dados que geram no sistema a projeção de quantidade e alocação dos materiais.

Apesar de haver algumas variações, dependendo do ramo e da estrutura de cada empresa, alguns dados são globais. Tais como:

  • Estrutura do produto: quantidade de cada componente do produto;
  • Tempo de reposição: intervalo de tempo entre o pedido e o recebimento do material;
  • Tempo de fabricação: tempo total da produção;
  • Tamanho do lote de fabricação: quantidade ótima do item;
  • Tamanho do lote de reposição: quantos de cada item é necessário, por pedido, para que a produção seja otimizada;
  • Estoque mínimo: quanto do produto e material é necessário ter, no mínimo, em estoque;
  • Estoque máximo: qual é o máximo de estoque para que a curva de oferta não fique acima da curva de demanda.

É importante que o gestor leve em consideração falhas e dificuldades na estrutura da empresa. Se algum mecanismo ou etapa é instável – ou suscetível a grandes variações – é interessante criar reservas nos parâmetros de tempo, ou de material para evitar imprevistos.

Ao inserir estes dados – ou parâmetros – básicos o sistema de MRP projeta quais materiais serão necessários, quanto de cada insumo será preciso e em quais etapas cada um entra na cadeia de produção.

Benefícios da implementação do MRP

A falta de planejamento e prospecção pode causar gastos desnecessários, atrasos nas entregas e dificuldade de competir com outras empresas do segmento.

Um sistema de planejamento de necessidades de materiais, portanto, pode trazer mais solidez e competitividade para a sua empresa. Mas quais são os reais benefícios de implementar o MRP?

  • MRP na Administração – Integrar a produção ao setor administrativo. A cadeia de produção é uma engrenagem com inúmeras peças, criar um sistema que integre cada uma delas evita os gastos desnecessários.
  • Reduzir falhas humanas – Todo planejamento visa antecipar imprevistos e evitar que erros aconteçam. Ou, caso ocorram, sejam solucionados o mais breve possível.
  • Otimização do tempo – Antes do MRP, as planilhas, contas e informações eram desenvolvidas manualmente. A informatização dessa etapa permite que todos os dados sejam armazenados e usados para cálculos e prospecções de maneira muito mais rápida.
  • Controle em tempo real – Como todos os dados da cadeia de produção podem ser acessados a todo momento, o gestor tem maior controle sobre cada etapa.

Esses benefícios, em conjunto, otimizam o tempo de cada gestor, minimizam a possibilidade de falhas e tornam a atividade mais profissional. O MRP, portanto, é indicado, inclusive, para as micro e pequenas empresas.

Diferenças Entre o MRP I e MRP II

O MRP II surgiu na década de 80, por uma necessidade natural. Afinal, a cadeia produtiva, o contato com o cliente e toda estratégia de administração e produção evoluíram consideravelmente neste intervalo.

A sigla seguiu essa evolução e o MRP II significa Manufacturing Resources Planning. Traduzindo: Planejamento dos Recursos de Manufatura.

Resumidamente, o MRP II engloba e expande o MRP I, ou seja, a ferramenta agora não apenas aloca e mensura o material, mas também possibilita que o gestor avalie as projeções de demanda futura.

Abrangendo a área financeira, de materiais e de engenharia da empresa.

MRP como parte do ERP

O ERP é um sistema que tem por objetivo integrar e gerenciar dados e informações de todos os setores de uma empresa. Engloba, portanto, as áreas de marketing, gerenciamento, vendas, compras, contabilidade, finanças, RH, etc.

Você pode perceber, então, que o MRP I e II estão inclusos no sistema ERP. Mas, diferente do que pode parecer, o sistema de ERP surgiu antes do MRP.

Como a ideia inicial do ERP não acompanhava a dinâmica de produção, o MRP surgiu para complementar esse sistema e integrar, por fim, todas as áreas, dados e informações.

Conclusão

Gerenciar uma empresa, mesmo que pequena, de forma manual, com planilhas de Excel e Power Point pode parecer mais simples, mas extremamente arriscado para qualquer empreendedor.

Em um período tão competitivo como o atual, todo sistema e ferramentas que visam diminuir falhar e otimizar a produção deve ser avaliado e estudado.

Os sistemas de MRP I, MRP II e ERP são ótimos exemplos de como a informatização pode trazer grandes benefícios.

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A integração entre os setores facilita o gerenciamento correto de todas as etapas de produção, desde o fornecedor até o cliente final. O armazenamento de dados em um único sistema minimiza consideravelmente possíveis falhas humanas.

Além, é claro, de evitar desperdícios e escassez não planejados.

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