COMPRAS REATIVAS X COMPRAS PROATIVAS: QUAL O MELHOR MODELO PARA SEU NEGÓCIO?
Você tem uma empresa e o departamento de Compras trabalha recebendo pedidos e adquirindo os itens necessários. Esse é um...
Você tem uma empresa e o departamento de Compras trabalha recebendo pedidos e adquirindo os itens necessários.
Esse é um modelo comum, aplicável a qualquer organização.
Mas há algo que pode fazer a diferença nesse processo e fazer seu negócio passar das compras reativas para as compras proativas: o planejamento.
O que isso significa na prática?
Que ao invés de somente receber as solicitações, o setor de Compras pode fazer uma previsão do que é necessário adquirir.
É claro que essa projeção depende da integração entre as diferentes áreas para que seja possível chegar a um número próximo da realidade.
Para entender melhor esse processo de aquisição reativo ou proativo, vamos elencar neste post as principais diferenças entre esses modelos e mostrar porque você deve optar pelo proativo.
Compras reativas
Esse formato prevê que o funcionamento do seu negócio continua normalmente até se perceber que é necessário adquirir algum produto ou matéria-prima.
O setor responsável faz a solicitação de compras e, então, o departamento que possui essa função adquire o que é necessário entre os fornecedores.
Isso faz com que o processo de compras seja um centro de custos que está subordinado aos departamentos de Produção e/ou Financeiro.
Os profissionais de Compras recebem os pedidos e o detalhamento deles. Se algum produto está defeituoso, é automaticamente rejeitado.
Nesse modelo os compradores estão sujeitos às condições do mercado, enquanto os fornecedores são responsáveis pela solução dos problemas.
Os pontos principais desse tipo de compras são o preço e o fato de as negociações serem do tipo ganha-perde.
A existência de muitos fornecedores e de um estoque excessivo representa segurança, já que não há planejamento.
Ao mesmo tempo, fica-se com muito dinheiro parado em estoque devido às mercadorias sem giro.
Por fim, o sistema de informações de empresas que adotam esse formato é independente dos fornecedores e, entre outros motivos, a informação é considerada um elemento de poder.
Compras proativas
Totalmente diferente do modelo anterior, esse tipo de compras requer um planejamento prévio do que será comprado.
Ou seja, não há pedidos de outros departamentos.
O próprio setor de Compras verifica a qualidade e a quantidade dos materiais necessários, negocia a aquisição deles, solicita a entrega e garante que tudo esteja funcionando dentro do prazo.
Por suas características, a proatividade assegura que o processo de compras adicione valor, ou seja, ele é encarado como um centro de lucro.
Os profissionais do setor não são mais personagens que somente aceitam pedidos.
Eles fazem contribuições e evitam a entrega de produtos com defeito.
Deixando de ser somente mais uma área, o departamento de Compras torna-se estratégico para a organização e possui uma função gerencial.
Por isso também ajuda a desenvolver os fornecedores e, no caso de algum problema ocorrer, a responsabilidade é compartilhada.
Os principais fatores que interferem no processo são o valor e o custo total.
A ênfase deve estar na estratégia, que tem longo prazo.
Os compradores e os fornecedores fazem contribuições para o processo de compras e as negociações são do tipo ganha-ganha.
O fato de existirem muitos fornecedores representa a perda de oportunidades e o excesso de estoque é sinônimo de desperdício.
Já a informação é valiosa e compartilhada.
Entendeu as diferenças? Quando você opta pelas compras proativas, consegue reduzir custos e gerenciar melhor o estoque.
Por outro lado, as compras reativas fazem a sua empresa ficar refém de solicitações de outros setores.
Agora que você já sabe em que processo apostar, aproveite para potencializar mais seus resultados lendo Processo de compras: 10 passos simples para otimizar.