O QUE É A REVISÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS DE BIDEN?

A revisão da cadeia de suprimentos, assinada em uma ordem executiva por Joe Biden, em 24 de fevereiro de 2021,...

por: Fábio Hoinaski

A revisão da cadeia de suprimentos, assinada em uma ordem executiva por Joe Biden, em 24 de fevereiro de 2021, gerou uma série de discussões. Tanto sobre a sua viabilidade, quanto pelo movimento de regionalização, incomum no cenário da globalização.

O fato é que as mudanças e reflexões causadas pela pandemia devem ser analisadas profundamente antes de serem colocadas em prática. É natural o aprendizado gerado por períodos de crise, como o vivenciado nos últimos anos, mas é preciso estudo e planejamento, antes de qualquer tomada de decisão.

Principalmente quando olhamos a magnitude das consequências em todos os setores da economia e, inclusive, nas relações sociais.

Muitas demandas foram identificadas nesse período, sobretudo ao avaliar os desafios encontrados. Como foi o caso, por exemplo, da falta de estrutura e conhecimento para lidar com atividades remotas.

Mas o que se tornou ainda mais evidente foi a dependência de cadeias de suprimentos chinesas. O que, naturalmente, preocupou muitos países que sentiram a queda da oferta, escassez e a alta dos preços.

É exatamente nesse ponto que a revisão da cadeia de suprimentos de Joe Biden visa trabalhar. Mas quais são, exatamente, as propostas? E, principalmente, quais os desafios e possíveis ganhos desse movimento? Vamos analisar?

Revisão da cadeia de suprimentos de Joe Biden

Como dito acima, em 24 de fevereiro de 2021, o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, assinou uma ordem executiva voltada para revisão das cadeias de suprimentos do país.

Trata-se da Ordem Executiva 14.017, denominada de “America’s Supply Chains”, cujo principal objetivo é:

“Revisar e redirecionar as cadeias de suprimentos para que se tornem mais resilientes, diversificadas e seguras.”

O movimento, claro, começou ao analisarem os resultados da pandemia e como a dependência chinesa afetou a disponibilidade de produtos e serviços. A ideia, portanto, é fortalecer e revitalizar a produção nacional e proteger a cadeia de suprimentos investindo em pesquisa e desenvolvimento.

Segundo o Presidente norte-americano, trata-se de uma retomada aos moldes que o país já seguia anteriormente. E, hoje, a cadeia de suprimentos resiliente e fortalecida é ainda mais fundamental para diminuir a dependência e minimizar riscos. Além de aumentar a resposta a futuros desastres e emergências internacionais.

Segundo o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, cadeias resilientes são capazes de:

  • Revitalizar e reconstruir a capacidade de fabricação nacional;
  • Garantir vantagem competitiva em pesquisa e desenvolvimento;
  • Criar empregos com boa remuneração;
  • Apoiar empresas de pequeno porte;
  • Promover a prosperidade;
  • Avançar na luta contra as mudanças climáticas
  • E, por fim, incentivar o crescimento econômico.

Vale ressaltar, no entanto, que a ordem executiva citada, sobre a revisão da cadeia de suprimentos, proposta por Biden, foca em determinados nichos da economia, relacionados a materiais críticos para fabricantes e indústrias dos EUA.

Tais como metais estratégicos, semicondutores, baterias de alta capacidade e outros componentes valiosos.

Segundo pronunciamento do presidente norte-americano, no perfil oficial da Casa Branca, o investimento em infraestrutura proposto deve ser focado na demanda do século XXI. Garantindo, assim:

  • estradas e pontos;
  • sistemas de água;
  • infraestrutura ferroviária de alta velocidade;
  • estações de recarga focadas no futuro elétrico dos EUA.

E, por fim, construindo o que ele denomina cadeia de suprimentos Americana, para que, segundo palavras do presidente norte-americano:

“Nunca mais estejamos à mercê de outros países, ou de qualquer outra nação, para as necessidades críticas.”

Por que a revisão da cadeia de fornecimento está em discussão?

Como você já deve imaginar, as discussões a respeito de uma urgente revisão da cadeia de suprimentos está diretamente relacionada com as crises sanitária e econômica, geradas pela pandemia do COVID 19.

Sabemos que a globalização sempre foi um dos motores da industrialização e era, inclusive, uma bandeira dos países industrializados. Com o crescimento de algumas nações e a especialização em itens críticos para a manufatura e cadeia de suprimentos de outras, a instabilidade e a dependência passaram a ocupar os planos econômicos das super potências.

Fortalecer a cadeia de suprimentos nacional e a manufatura de itens mais críticos, propostos na revisão da cadeia de suprimentos, tornaram-se, com o tempo, soluções emergenciais.

À primeira vista para aumentar o poder de resposta a crises econômicas, mas também como forma de frear o avanço de países que ganharam uma relevância muito grande nos últimos anos.

Como é o caso, claro, da China, que foi o epicentro da pandemia do COVID 19. Podemos dizer, portanto, que a revisão da cadeia de suprimento de Joe Biden pode ter dois objetivos:

  • diminuir o tempo de resposta a crises e instabilidades, fortalecendo a cadeia nacional e
  • frear o avanço de países que detém grande relevância em itens críticos, como semicondutores, baterias etc.

Maiores desafios para a implantação dessa e de qualquer outra revisão da cadeia de suprimentos

Se você atua no setor de Supply Chain sabe que uma revisão da cadeia de suprimentos não é uma missão fácil. Principalmente se o objetivo é mudar radicalmente alguns processos, como é o caso da revisão da cadeia de suprimentos de Biden.

O fato é que estudiosos do assunto acreditam que se trata de uma solução a longo prazo e não imediata como muitos acreditaram. E, em um mundo globalizado e extremamente variável, com multi-potências especializadas nos mais diversos ramos, atuar no déficit gerado durante a pandemia e ainda incentivar a produção de itens críticos nos EUA, demanda um grande investimento.

Afinal, estamos falando de concorrentes altamente especializados e com produtos que demandam altíssima tecnologia. Isso significa muitos anos de:

  • investimento,
  • continuidade,
  • planejamento,
  • gestão de riscos eficiente;
  • aprimoramento da previsibilidade;
  • etc.

Ou seja, diferente do que muitos acreditavam, estamos falando de propostas e ações com efeitos a longo prazo.

Uma boa notícia é que o debate ganhou força nesse último ano. E algumas empresas identificaram uma oportunidade para se tornarem mais eficientes, analisando gargalos e planejando uma revisão da cadeia de suprimentos local.

Ou seja, reformulando seus próprios processos! Mas, falando localmente, uma empresa consegue fazer a revisão da cadeia de suprimentos com o objetivo de alterar sua performance, os custos, suas especialidades ou ofertas?

Sim! Veja abaixo algumas dicas para realizar a revisão da cadeia de suprimentos da sua empresa.

O que precisa ser feito para diminuir os riscos?

É importante ressaltar que existem diferentes níveis de revisão da cadeia de suprimentos, considerando o objetivo da ação. Algumas empresas optam pela revisão da cadeia de suprimentos para estabelecer soluções mais eficientes para problemas crônicos. E, assim, conseguir conquistar resultados melhores e mais consistentes no longo prazo.

Para isso, o primeiro passo é o planejamento! Para construí-lo, a empresa precisa estudar seus clientes e fornecedores e analisar a estrutura atual da cadeia de suprimentos.

Quais os gargalos? Quais as necessidades reais do seu negócio? Existem estratégias e ferramentas que não atingem os objetivos esperados?

Com essas informações em mãos, cabe aos gestores e até mesmo colaboradores estudarem soluções alinhadas com as metas e possibilidades da empresa. Considerando o potencial e o investimento necessário para colocar a revisão da cadeia de suprimentos em prática.

Como você já deve imaginar, esse processo apresenta, em uma proporção menor, desafios que podem se assemelhar aos vivenciados pelos norte-americanos, na revisão da cadeia de suprimentos de Biden.

Mas, como estamos falando de um processo local, com menos variáveis e objetivos diferentes, a revisão da cadeia de suprimentos é, sim, possível. Desde que seja bem planejada e com o auxílio das melhores ferramentas.

Dessa forma, a empresa consegue controlar melhor seus custos, além de reduzir estoque, perdas e investimentos desnecessários.

Para isso, no entanto, é fundamental contar com algumas ferramentas e estratégias. Tais como:

  • Business Intelligence;
  • Capacitação de toda a equipe;
  • Resiliência na cadeia de suprimentos;
  • Gestão de riscos e
  • Boas ferramentas tecnológicas.

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